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Novas oportunidades para uma porta velha

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A casa deve estar a chegar aos 100 anos, portanto a porta é da mesma idade, logo de uma boa madeira (neste caso pinho), pois nessa época os carpinteiros eram muito criteriosos na escolha das madeiras.

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Acompanhou a evolução dos tempos, e as sucessivas reformulações da casa. Inicialmente daria para um compartimento onde existia a “pia”, mais tarde para uma casa de banho. Foi criada para abrir à direita, mas nesta última renovação da casa de banho os proprietários queriam uma porta de correr. Felizmente que não lhes passou pela cabeça substituí-la, mas sim reaproveitá-la. Em tempos tinha havido já uma tentativa com decapagem a maçarico (que horror!), ficaram-lhe marcas de queimaduras em primeiro grau.

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Nós optámos pelo ar quente, removendo suavemente todos os vestígios da tinta, ela agradeceu-nos mostrando o que tinha de melhor, belos veios e uma coloração levemente “azeitonada”.

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Betume e enxertos, preencheram cortes, falhas e orifícios. O verniz com uma leve coloração deu-lhe o tom desejado. Claro que a remoção dos azulejos e aduelas implicaram a criação de um novo aro ou moldura, que dadas as reduzidas dimensões da porta tiveram de ser substancialmente maiores do que o original. Mas a porta, como certas gravuras, só ganhou com isso, ficando ricamente “emoldurada”, brilhando como nunca antes tinha brilhado, com a madeira à vista, livre de tintas.

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